quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Quem procura acha?
Nossa eu to com tanta raiva que acho que nem seria muito bom estar escrevendo agora. Mas como estou em casa neste momento sozinha e sem ninguém para dividir, vocês vão ter que me aturar.
Eu tenho uma amiga ou melhor uma ex vizinha que eu gosto muito, temos filhos quase da mesma idade, o filho dela é 9 meses mais velho que a Melissa e sempre tricotávamos sobre os pequenos, como ela morava no meu prédio e eu de licença em casa e ela sem trabalhar ia até o apartamento dela toda a tarde (porque mesmo eu morrendo de insistir para ela vir ao meu, isso nunca acontecia) e mesmo eu retornando para o trabalho em outra cidade, quando chegava no sábado sempre dava um jeitinho de passar na casa dela, pra saber das novidades.
E também porque ela vive sozinha aqui com o marido, sempre foi muito grudada com a família e sofria muito com a distância, é super difícil de fazer amizade e eu achava que já que nos davamos bem, seria bom ficar sempre ao lado dela já que sofre de depressão e se nega a cuidar da doença. Ela sempre foi o tipo de pessoa que vê problema em tudo, faz grandes tempestades. É o tipo de pessoa que só o que é dela é bom, nada fora de SP presta, que mineiro é tudo burro.
Eu já fui assim até levar uma dura uma vez de uma psicóloga que trabalhava comigo em Campinas, foi tão importante o que ela me disse que nunca mais reclamei de cidade nenhuma. E tem sido essa minha postura desde que cheguei aqui, pra mim moro em uma cidade maravilhosa. Mas enfim, ela sempre reclamando de tudo, dizendo o quanto eu era boba, criticando todos os remédios que o pediatra daqui me indica (ela é uma hipocondriaca pois leva o filho dela em 4 pediatras, 3 aqui e um em SP, tem 3 planos de saúde dois aqui e um em SP, na verdade ela veio só fisicamente pra cá a vida dela ficou na capital). Até ai tudo bem, eu ouvia coisas dela e sempre relevava, acredito que temos que ter ouvidos para ouvir, sabe! Eu sou assim (de um tempo pra cá, tá! Porque antes era ouvir alguma coisa que eu considerava atravessada, já reagia no impulso, ariana sabe como que é) a pessoa fala se não me prejudicar entra por ouvido e sai pelo outro.
Até a babá da Melissa que faz faxina para ela uma vez por semana um dia me perguntou se eu era boba ou não entendia tudo que essa minha amiga me dizia, tipo criticar a alimentação da Melissa, a roupa, os brinquedos, a estimulação, o banho, onde eu compro roupas, os restaurantes que frequento, etc. Eu respondi à Fátima que entendia perfeitamente , mas que achava que não valia a pena responder iriamos entrar em atrito e eu não queria que ela ficasse sozinha na cidade, pois apesar de achar que tudo o que eu faço é errado ela sempre vinha me perguntar onde deveria ir quando precisava de alguma coisa.
Até que.....
Ela está grávida de 6 meses e eu sou assinante de 3 revistas para criança e resolvi juntar minhas revista e levar para ela ler (já que o filho dela esta na escolinha, na classe da Melissa) e ela teria tempo para ler. Esta semana ela não mandou o menino na escola, porque ouviu dizer que esta tendo um surto de catapora na cidade e tem uma menininha que esta afastada por estar com a doença, afastou o menino da escola uma semana e foi correndo dar a vacina. Eu sinceramente acho catapora uma doença simples demais para tanta preocupação. E como sempre fiz um comentário assim " nossa fulana, mas catapora não é uma doença simples?" a resposta dela deu fim a nossa amizade, pois eu admito quase tudo, mas me ofender é demais " Você não raciocina, não, não tá vendo o que eu tenho aqui (e mostrava a barriga enfusivamente) não raciocina, não lê, pra que tem tanta revista assim? (nisto já estava destemperada) Eu claro, respondi um pouco brava, dizendo que o que eu tinha conhecimento era que uma mulher grávida não poderia ter no primeiro trimestre " rubéola, miningite e citei na minha santa ignorância varissela" ai foi o fim ela disse " Então o que você acha que é varissela, raciocina?" E foi buscar a carteirinha de vacinação para "esfregar no meu nariz que varissela é catapora".
Neste momento eu estava louca da vida, com uma raiva tremenda, sentia meu rosto pegar fogo, não sei se de raiva ou de vergonha. Mesmo assim ponderei que ela estava tendo apenas uma reação a minha intromissão, afinal no fundo tinha ido até a casa dela pra questionar o porque dela "proteger os filhos dela", pois se ela não queria mandar o filho para escola era uma problema da família dela né!???? Passado o momento de estress tentei desviar a conversa e falei das revista (minha vontade era pegar todas as revista e sair dizendo que não era obrigada a ouvir tanta grosseria) mas... mas... sempre mas...
Ela ainda me mostrou algumas ropinhas da nenenzinha que esta para chegar, disse que ela esta pesando 250 g e eu disse que o meu sobrinho está com 600g (ela e minha cunhada estão no mesmo mês de gestação) e ai ela foi buscar um livrinho (que é meu) para me mostrar que eu estava errada que o bebê com este tempo de gestação não pode estar pesando tudo isso. Eu sei lá, foi a informação que recebi da minha cunhada, mas tudo bem era só uma conversa. Uma tentativa de amenizar os sentimentos burbulhantes de raiva que eu estava vivendo, mas... mas... deixei para lá e fui me dirigindo para o elevador, quase saindo ela me disse que adorou o novo médico pediatra que levou o filho, pois ele tem um aparelho que faz a criança andar em cima de um espelho e ele vê se a criança tem pé torto ou não e como sempre,porque parece que o menino dela tem tudo, descobriu que ele tem o pé chato e deverá usar uma palmilha corretiva e eu deveria levar a Melissa para fazer o teste também. Ai meu Deus o que me importa se a minha filha tem o pé torto ou não, acho que 70% da população tem, eu tenho e a única coisa que influencia minha vida é que a sola de alguns sapatos gastam mais de um lado do que de outro.
E quem sabe o menino iria até gostar de ter o pé chato, pois poderia se livrar do exército?
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii para o mundo que eu quero descer!!!!!!!!!!
Mas sabem o que eu aprendi de tudo isso?
O que eu já sabia né!
NUNCA SE INTROMETA NO JEITO QUE OS OUTROS CRIAM OS SEUS FILHOS, TODO MUNDO ACHA QUE O SEU JEITO É O MELHOR.
E sinceramente do lado dela eu nem sei se ela ficou com tanta raiva quanto eu. Pensando bem acho que sim, porque entrando no elevador eu ainda me desculpei com ela e disse que ela me devia desculpas, pois afinal tinha sido tão grosseira. Sabe o que ouvi ? Que ela não me devia desculpas que errada era eu!
E o pior é que todas as minhas revistas ficaram lá e eu vou ter que passar para pegar e ainda vocês acham que a conversa não vai aumentar quando a minha empregada for na casa dela??
Ah! meninas me desculpe pelo desabafo, mas nem só de flores é feita a nossa vida.

Por Mamãe Fabiana às 15:07 | | 0 Aqui também pode!

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