sexta-feira, 8 de dezembro de 2006
Há uma semana chegou minha revista Meu Nenê e lá saiu uma matéria com o título Quando chega a hora?
A matéria trata o assunto sobre a retirada da fralda, abandono da mamadeira, adeus a chupeta, deixando o paninho de lado, sair do quarto dos pais (bem, este não é mais um problema, aliás nem foi um problema, Melissa foi para o quarto dela com 1 mês e meio.) e dormindo fora de casa.
Quando os filhos vão se aproximando dos dois anos, acho que começa uma espécie de pressão externa e interna, para que essas mudanças ocorram. Pelo menos eu estou vivendo um momento como este, me sinto em transição, acho que se iniciou internamente um processo.
Ao mesmo tempo que olho para a Melissa e vejo minha bebezinha, também percebo nela uma menininha, que fala, tem vontade própria e comportamentos de uma criança, ora me sinto feliz, ora perdida.
Eu sempre ajo pensando que cada criança tem um momento e cabe aos pais estarem inteirados da vida dos filhos para perceber estes momentos.
Mais ou menos assim, eu acho que a gente tem que agir com os filhos de acordo com a idade dele.
Eu já vejo muitas mães continuarem com os mesmos cuidados que elas tinham quando a criança nasceu. Tipo ferver água do banho, não oferecer alimentos sólidos para criança com vários dentes, por que tem medo dela engasgar, usar mantinha para cobrir um bebê de mais de um ano, por que ta ventando e por ai vai.
Eu acho que devemos ter cuidados com os nossos filhos sim, mas substituí-los por outros. Devemos pensar que nossos filhos vão mudando, crescendo e o que antes poderia ser prejudicial, porque afinal ele não tinha tantas defesas, hoje não é mais. Pois já adquiriu resistências ou pelo menos deveria.
Mas o que eu quero falar é sobre a minha angustia e que tem certas coisas que perceber o momento certo se torna uma arte e no fundo sei que vou me guiar pelo meu coração. Sobre os temas citados na revista, esses são com certeza, os que mais me trazem dúvidas, vivo dividida, entre o que eu devo fazer o que eu quero fazer e o que dizem que eu devo fazer. Alguns, já consegui resolver.
Minha maior insegurança sempre foi com relação a tirar fraldas, nossa acho que isso me apavora, para mim esta claro que não vou iniciar nenhum treinamento antes dos dois anos. Fico preocupada porque eu não participarei do processo inteiro. Aliás, eu não farei muita coisa, pois ela passa a maior parte do dia com outras pessoas. Tenho medo de a babá forçar a Melissa, ou na escolinha. Minha mãe usou o método de ficar com o chinelo, do lado do piniquinho e eu fiz xixi na cama até os seis anos de idade e hoje em dia sofro com infecções insistentes. Mas como ainda está longe, deixo para sofrer mais tarde, vou tentar levar numa boa, quando chegar à hora, orientar bem a Fátima e ficar em cima.
Com relação à mamadeira, esta tem me trazido grandes dúvidas. Acredito que a Melissa não precise mais da mamadeira, pois ela já sabe beber super bem no copo, seja de bico dosador, canudinho e até, já anda se arriscando em tomar em copos normais. Só que o problema sou eu, eu acho lindo ter mamadeira em casa, olho para elas e penso que na minha casa tem um bebê, a minha bebezinha,. Fico em sessões de nostalgia, olhando pra elas e pensando como foram as primeiras vezes que ela mamou e um monte de coisas de mãe babona. Mas então me vem a seguinte questão: e quando você achar que realmente não é hora da sua filha usar a mamadeira e ela já estiver acostumada, você vai fazer ela “sofrer” por um capricho seu? Sendo que poderia ter resolvido isso de uma forma bem mais fácil, pois quanto mais tempo ela ficar mamando, mais ela vai se acostumar, tenho percebido a mais ou menos uma semana que ela tem exigido tomar leite na mamadeira, se ela quer “nanar” (como ela diz) vai até a cozinha e fala “mama”.
A mesma coisa é com o paninho e a chupeta, nestes ela está completamente grudada, aliás fica com os dois o tempo todo. Tenho certeza que terei trabalho para tirar, pois se tentamos enrolar um pouquinho para dá-los, ela faz birras enormes. Também penso que é cedo, dá para esperar mais um pouco.
Mas por outro lado, se sou flexível para algumas coisas para outras sou terminantemente intransigente. Não consigo pensar na Melissa chupando chupeta com três anos, para mim esta é a idade marco entre o bebê e a criança.
Mais preocupação, para fazê-la dormir. Nós colocamos o pijama, ela mama, escovamos os dentes, chupeta e paninho devidamente prontos e a levamos para o quarto dela. Acendemos o abajur, ligamos o cd com musiquinhas de ninar, bem suave, colocamos a coberta sobre o tapete de EVA, a almofada em forma de meia lua e ficamos o três ali deitados , porque agora ela exige a presença do papai e da mamãe e ficamos até que nosso anjo adormeça, para então a colocarmos no berço. Logo, vem aquela dúvida cruel, até quando?? Como acostumá-la a dormir sozinha, se cada vez mais ela tem consciência do que ela quer?
Sei que sou muito ansiosa e padeço pensando no futuro. Mas estou dividindo dúvidas com vocês, acho que estes pensamentos devam povoar a cabeça de muitas mães. Não vivo um martírio, por isso, mas já estou pensando no assunto.
Por Mamãe Fabiana às 08:37 | |
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